ATIVIDADE TRADUZIR O TEXTO DO PASSADO PRO PRESENTE TROCANDO AS PALAVRAS ATIGAS POR ATUAIS TEXTO: ANTIGAMENTE
Antigamente as moças se achavam mademoiselles e eram
todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam
primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo
rapagões, faziam-lhes pés de alferes, arrastando as asas, mas
ficavam longos meses debaixo do balaio. E, se levavam tábua, o
remédio era tirar o cavalc da chuva e ir pregar noutra freguesia. As
pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca,
e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher
maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não
impedia que, nesses entrementes, esse ou aquele embarcasse em
canoa furada. Encontravam alguém que lhes passasse a manta e
azulava dando às de vila-diogo. Os mais idosos, depois da janta,
faziam o quilo, saindo para tomar fresca; e também tomavam cautela
de não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo,
e mais tarde ao cinematografo, chupando balas de alteia. Ou
sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de pouco siso, se
metiam em camisa de onze varas, e até em calças pardas, não admira
que dessem com os burros n'agua. (...) ANDRADE, Carlos
Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1988.