A invasão, ocupação e exploração do solo brasileiro foram e são determinantes para as transformações radicais que os povos originarios passam no decorrer de cinco séculos. Um
longo processo de devastação física e cultural climinou grupos gigantescos e inúmeras etnias
indígenas, especialmente através do rompimento histórico entre os indios e a terra. Por dentro
da tradição da teoria social crítica, podemos captar elementos teórico-metodológicos muito
significativos para análise do processo histórico social vivido por esses povos e apreender a
teia contemporânea de ameaças à própria continuidade da existência da vida indígena e sua
possibilidade de autodeterminação. e auto-organização
Destaca-se a importância de reconhecer as mudanças que ocorrem com a interação real
entre a vida indigena no campo brasileiro (marcada por elementos singulares de ruralidade) e
o compartilhamento de diversos elementos próprios da vida tipicamente capitalista em algumas
regiões brasileiras (os processos de proletarização e assalariamento indígena, incorporação de
tecnologia na vida cotidiana e na organização do trabalho).
É com o avanço das formas capitalistas de exploração do campo brasileiro que a relação
entre indígenas, lavradores, quilombolas vive constantes ameaças de expropriação e
reprodução das formas de rompimento com seu principal meio de reprodução da vida: a terra.
Temos inúmeros casos na realidade brasileira de expulsão de populações ribeirinhas,
tradicionais, quilombolas, pesqueiras pela ação predatória do grande capital nas investidas dos
grandes empreendimentos (hidrelétricas, barragens, exploração de minérios, de madeira, entre
tantos outros).
1- Pesquise alguns conceitos e palavras que o texto trabalha como ruralidade,
proletarização, povos originários e outros que você considere relevantes para entender
o texto:
2- Quais os argumentos que o autor utiliza para afirmar o problema indígena no Brasil?​